Transformação contábil na construção civil: tecnologia e estratégia moldam nova era na gestão de obras

Com a integração de sistemas como o Sienge e o avanço da contabilidade consultiva, empresas do setor constroem uma nova visão sobre controle financeiro, eficiência e tomada de decisão em tempo real.

A contabilidade da construção civil passa por uma revolução silenciosa. Impulsionado pelo avanço da tecnologia e pela crescente demanda por eficiência e transparência, o setor começa a enxergar a contabilidade não mais como um simples instrumento fiscal, mas como parte essencial da gestão estratégica dos empreendimentos.

Com projetos cada vez mais complexos e margens apertadas, construtoras e incorporadoras buscam alternativas que ofereçam não apenas controle financeiro, mas também inteligência de dados. Nesse cenário, cresce o interesse por soluções integradas que conectem o canteiro de obras à gestão contábil em tempo real.

Uma das ferramentas que têm ganhado destaque nesse movimento é o Sienge, sistema de gestão especializado no setor da construção. Com ele, é possível centralizar informações fiscais, financeiras e operacionais, proporcionando maior agilidade nos processos e segurança nas decisões. Porém, para que essa tecnologia entregue todo seu potencial, é fundamental que o suporte contábil esteja preparado para operar em um novo patamar de integração e análise.

Escritórios que já atuam de forma especializada nesse segmento vêm se posicionando como parceiros estratégicos das empresas do setor. Em vez de focar apenas nas obrigações legais, esses profissionais contribuem ativamente com a saúde financeira dos projetos, participando da análise de viabilidade, controle orçamentário e planejamento tributário.

Além disso, esse novo papel do contador demanda uma mudança cultural nas construtoras. É preciso superar a visão de que a contabilidade é apenas uma exigência regulatória e passar a enxergá-la como uma ferramenta indispensável para o crescimento e a sustentabilidade do negócio. Quando gestores e contadores trabalham de forma colaborativa, a organização ganha em agilidade, reduz retrabalhos e consegue antecipar desafios com maior precisão.

Outro ponto relevante é a qualificação contínua desses profissionais. A transformação digital exige domínio de novas tecnologias, capacidade analítica e visão estratégica. Escritórios contábeis que investem na formação de suas equipes conseguem entregar mais valor ao cliente, transformando informações contábeis em insights acionáveis. Assim, a contabilidade deixa de ser retrospectiva e passa a atuar de forma preditiva e orientada a resultados.

É o caso de empresas que têm apostado na chamada contabilidade consultiva, modelo que aproxima o contador do dia a dia da gestão. Ao integrar seus processos ao Sienge, por exemplo, é possível oferecer relatórios inteligentes, alertas financeiros e projeções que ajudam os gestores a tomar decisões mais rápidas e assertivas.

A mudança de postura tem gerado resultados práticos. Redução de desperdícios, maior previsibilidade de custos e prevenção de riscos fiscais estão entre os principais ganhos percebidos pelas empresas que já adotaram esse modelo.

Aos poucos, a figura tradicional do contador dá lugar a um novo perfil: o de um analista estratégico, conectado à tecnologia e preparado para construir, junto com o cliente, obras mais sustentáveis financeiramente, do primeiro lançamento ao habite-se.

Evandro Klappoth, Diretor Técnico Conjel Contabilidade
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